domingo, 13 de agosto de 2006

Like a Rolling Stone


Este fim de semana fui à cidade do Porto ver o concerto dos Rolling Stones. Tal como uma crónica do Miguel Esteves Cardoso, a minha viagem teve vários episódios. Assim, a viagem para o Porto foi o primeiro. Foi uma deslocação que correu muito bem, sem quaisquer sobressaltos, mas numa auto-estrada portuguesa, cheia de carros a serem guiados por condutores portugueses e emigrantes radicados no estrangeiro, o facto de não se terem verificado sobressaltos quase que poderá ser considerado uma benção dos céus. Atrás de um volante, os nossos concidadãos esquecem as mais elementares regras de civismo na estrada e só conhecem duas bastante diferentes e originais dos condutores portugueses: os fins justificam os meios e vale tudo menos tirar olhos, mas quanto ao facto de não tirar olhos a doutrina diverge! Enfim... Após chegar ao Porto e descansar um pouco, tenho de confessar o desconhecimento total da cidade. Estava completamente perdido, mas lá consegui chegar ao destino, graças indicações preciosas. Quanto ao segundo episódio, a minha deslocação para o estádio do dragão. Finalmente andei no chamado metro de superfície. Para nós, lisboetas, ou "mouros" como os "tripeiros" nos gostam "carinhosamente" de chamar, o chamado metro de superfície é uma incogruência. O metro anda debaixo da terra, as carruagens são iguais com as da carreira 15 do elétrico da Carris, os bilhetes chamam-se bilhetes e não andantes e não é preciso tirar um doutoramento para comprar um simples bilhete! Mas tenho de reconhecer que é um meio de transporte útil e com uma rede é extensa. O terceiro episódio, o concerto. A minha entrada no estádio, para quem é um indefectível benfiquista, foi esquisita. O estádio até é bonito e engraçado, mas a nossa casa é sempre melhor! A primeira banda que actuou foi a que tocou uma música que a Vodafone utilizou numa campanha publicitária. Mas as pessoas tinham ido lá para ver os Rolling Stones e aproveitavam o tempo para ir conversando e ir bebendo umas imperiais, ou finos como eles gostam de chamar. O concerto em si, foi magnífico. Não me lembro de mais nenhuma banda no mundo que consiga reunir pessoas dos 8 aos 80 anos. Era estranho, e ao mesmo tempo gratificante, ver no mesmo espaço pessoas com 65, 50, 40, 30 anos e até mais novas (vi uma rapariga que não deveria ter mais de 6 anos), como também foi igualmente gratificante ver pessoas com 65 anos, com uma energia tal, a tocar as músicas do nosso imaginário e terminarem em apoteose com o "I can't get no satisfaction"! Magnífico, simplesmente magnífico! O quarto episódio, após o concerto. Quando terminou o espectáculo, fomos todos comer uma francesinha. Porém, parece que toda a gente que tinha estado no concerto tinha tido a mesma ideia, pelo que tivemos que percorrer algumas capelinhas, e lá parámos no Duália onde comi uma francesinha com bife, acompanhada por uma imperial! Qualquer coisa de extraordinário. Simplesmente magnífico. Mas após este pequeno lanche de madrugada, havia que regressar a Lisboa. O que nos leva ao quinto episódio, o regresso a Lisboa. A maior preocupação das pessoas com quem tinha ido ver o concerto e tido ido comer a francesinha, era que pudesse adormecer. Tenho de confessar que estava consciente que isso poderia suceder. Mas lá iniciei a minha viagem de regresso, após ter-me despedido das pessoas e agradecido a hospitalidade. A viagem correu às mil maravilhas, acompanhado do meu fiel leitor de mp3 e do meu rádio, os quais nunca me falharam, assim como a música "Parallel universe" Red Hot. Só em Aveiras, e após quase 2h30m de viagem é que comecei a sentir algum cansaço, mas vinha a pensar escrever esta pequena crónica logo que chegasse a casa, cerca das 6:30 da manhã. Mas afastei logo esse pensamento porque só escreveria disparates e precisava de dormir o meu longo sono de beleza...

1 Comments:

At 23:13, Anonymous Anónimo said...

Olá "Mouro"!! ehehehe

 

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