terça-feira, 15 de abril de 2008

O incendiar de uma visita

Às horas que escrevo este post já teve início a visita do Presidente da República à Região Autónoma da Madeira, a qual se prolongará por seis dias.

Porém, e antes desta se iniciar, Alberto João Jardim decidiu fazer das suas. Decidiu que não se realizaria uma sessão solene na Assembleia Legislativa Regional apesar da visita do Presidente da República.

Segundo ele, “Eu acho bem não haver uma sessão solene, acho que era dar uma péssima imagem da Madeira mostrar o bando de loucos que está dentro da Assembleia Legislativa”, continuando a afirmar que “Eu cá não apresento aquela gente a ninguém”, sendo que concluiu afirmando “Acho que isso ia ter repercussões negativas no turismo e na própria qualidade do ambiente”.

Como seria óbvio os partidos da oposição na Madeira decidiram ir fazer queixinhas, não só ao Presidente da República, como também à comunicação social, dizendo que era uma vergonha e uma falta de sentido de estado alguém não receber o titular de um órgão de soberania, realizando para o efeito uma sessão solene.

Já agora permitam-me um pequeno aparte. Tenho a certeza que o Presidente da República podia perder o seu tempo precioso a ouvir queixinhas de pessoas que foram abandonadas pelos líderes nacionais do seu Partido nas últimas eleições para o Governo da Região Autónoma.

Paralelamente a esta polémica verifica-se que estão a crepitar as brasas de outra frase polémica proferida, desta feita, por Jaime Gama, Presidente da Assembleia da República.

Segundo ele, a Madeira registou um progresso assinalável. É um facto incontestável e inegável.

É claro que vieram as virgens ofendidas, não só da Madeira, como também do Continente, afirmar que era uma inconsciência ter-se dito aquela frase porque a Madeira é uma região onde a pobreza prolifera, onde há desigualdades gritantes, onde o poder é exercido de forma autoritária, and so on…

Por amor de Deus! Mas anda tudo sem cabresto?!?!?!?! Acham que a pobreza e as desigualdades existem só na Madeira? Também existem no Continente, em Espanha, na França, nos Estados Unidos, enfim, em todo o Mundo, civilizado ou incivilizado.

O poder na Madeira é exercido de forma autoritária? Sim, é. Mas acham que no Continente é exercido de forma diferente? É óbvio que não! Se calhar é exercido de forma mais autoritária do que na Madeira, mas lá ainda há uma diferença, que eu considero positiva, pelo menos o Alberto João tem piada, ao contrário do Primeiro Ministro, que tenta ter piada sem a ter.

Meus amigos, alminhas que andam a pairar os ténis na vida política, deixem-se de disparates, conversas ridículas e queixinhas, e trabalhem, como nós trabalhamos todos os dias, para pôr o país a andar para frente, e não para trás, como caranguejo, que foi para isso que vos elegemos e não para mais nada.

1 Comments:

At 18:33, Blogger Unknown said...

O AJJ é um pacóvio, mal educado, desbocado e autoritarista? Sim, é sim senhor. Mas isso não invalida o facto de a Madeira ter evoluido e prosperado nos últimos anos.

Se AJJ não fosse tão igual a si próprio, eu até lhe tiraria o chapéu. É claro que não se pode concordar com as barbaridades que lhe saem disparadas de cada vez que abre a boca. Mas que a sua "obra" é real e deixa os madeirenses satisfeitos, lá disso não há dúvida.

Mas o grande problema deste país é apenas um - todos reclamam mas ninguém apresenta soluções viáveis para o que quer que seja. Depois só sabem queixar-se, queixar-se, queixar-se. Mas fazer alguma coisa que é bom, está quieto. E isto vai continuando a caminhar para lado nenhum.

Concordo com o teu último parágrafo. Vão mas é trabalhar para que isto ande para a frente e deixem-se de mariquices.

 

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