A loucura do número 7
Novamente, sem nada a apontar. Porém, e como no melhor pano cai a nódoa, constam da lista diversos “horrores arquitectónicos” que não se percebe como podem constar da lista. Senão vejamos.
A ampliação da Cinemateca Portuguesa. Não percebo como pode constar da lista de horrores, uma vez que, e daquilo que me lembro do edifício, é um sítio agradável e que não só não fere nem choca o comum dos mortais, mas antes os só os especialistas. Mas opiniões, são opiniões, e não se discutem.
Agora, não percebo como podem estar nessa lista edifícios como edifícios do Arquitecto Cassiano Branco, na Praça de Londres, a própria Praça do Areeiro, a Igreja de Santa Luzia, em Viana do Castelo, o Oceanário, a Capela dos Ossos, e, por fim, a própria faixa central do Parque Eduardo Sétimo.
O último lugar referido é um dos lugares que tem uma das melhores vistas de Lisboa. É simplesmente magnífica. Permite a quem queira contemplar a esta cidade, a possa fazer por um determinado ângulo, e no enfiamento da Praça Marquês de Pombal, a Avenida da Liberdade, os Restauradores, atravessando o rio Tejo e para só parar quase na Serra da Arrábida. Mas, enfim, gostos são gostos, e não se devem discutir, mas antes respeitar.
Pelo que, e quanto mais vejo os edifícios que compõem a referida lista com os candidatos aos 7 Horrores de Portugal, menos percebo quais as razões que estão por trás dessa escolha, a não ser o simples gosto.
De qualquer modo, e assim de repente lembro-me de certos edifícios que deveriam estar na lista e que pura e simplesmente não constam. Estou a falar da sede do Banco Espírito Santo, em Lisboa, o edifício Heron Castilho no cruzamento da Rua Castilho com a Rua Braancamp, o edifício Coutinho em Viana do Castelo, o hotel Meridien em Lisboa, o Palácio da Justiça, o El Corte Inglés, entre muitos outros exemplos.
É claro que todos os edifícios que constam da lista foram construídos em diversas épocas, e cada uma com o seu estilo, mas há que saber integrá-los esse estilo não só nessa época como também na actual.