sábado, 30 de junho de 2007

A loucura do número 7

Dia 7 de Julho de 2007. Nesse dia irão ser apresentadas ao mundo não só as novas 7 maravilhas do mundo, assim como as 7 maravilhas de Portugal. Até aqui tudo bem. É uma iniciativa engraçada e até louvável para que se conheça o património português e do restante mundo, o património da humanidade. No entanto, o Jornal Público, e com recurso a igualmente 7 especialistas de arte e de arquitectura portugueses, decidiu lançar um concurso para que fossem eleitos os 7 horrores de Portugal, que os há, e até demais.

Novamente, sem nada a apontar. Porém, e como no melhor pano cai a nódoa, constam da lista diversos “horrores arquitectónicos” que não se percebe como podem constar da lista. Senão vejamos.

A ampliação da Cinemateca Portuguesa. Não percebo como pode constar da lista de horrores, uma vez que, e daquilo que me lembro do edifício, é um sítio agradável e que não só não fere nem choca o comum dos mortais, mas antes os só os especialistas. Mas opiniões, são opiniões, e não se discutem.

Agora, não percebo como podem estar nessa lista edifícios como edifícios do Arquitecto Cassiano Branco, na Praça de Londres, a própria Praça do Areeiro, a Igreja de Santa Luzia, em Viana do Castelo, o Oceanário, a Capela dos Ossos, e, por fim, a própria faixa central do Parque Eduardo Sétimo.

O último lugar referido é um dos lugares que tem uma das melhores vistas de Lisboa. É simplesmente magnífica. Permite a quem queira contemplar a esta cidade, a possa fazer por um determinado ângulo, e no enfiamento da Praça Marquês de Pombal, a Avenida da Liberdade, os Restauradores, atravessando o rio Tejo e para só parar quase na Serra da Arrábida. Mas, enfim, gostos são gostos, e não se devem discutir, mas antes respeitar.

Pelo que, e quanto mais vejo os edifícios que compõem a referida lista com os candidatos aos 7 Horrores de Portugal, menos percebo quais as razões que estão por trás dessa escolha, a não ser o simples gosto.

De qualquer modo, e assim de repente lembro-me de certos edifícios que deveriam estar na lista e que pura e simplesmente não constam. Estou a falar da sede do Banco Espírito Santo, em Lisboa, o edifício Heron Castilho no cruzamento da Rua Castilho com a Rua Braancamp, o edifício Coutinho em Viana do Castelo, o hotel Meridien em Lisboa, o Palácio da Justiça, o El Corte Inglés, entre muitos outros exemplos.

É claro que todos os edifícios que constam da lista foram construídos em diversas épocas, e cada uma com o seu estilo, mas há que saber integrá-los esse estilo não só nessa época como também na actual.

quarta-feira, 27 de junho de 2007

O reviver do Verão Quente de 2004

Verão de 2004. Num recanto banhado pelo mar, e invadido por uma espécie de demência futebolística provocada pelo Euro 2004, preparava-se um novo Verão quente. Durão Barroso negava que pudesse vir a ser o próximo Presidente da Comissão Europeia e assim, tapando-nos o sol com uma peneira, enganaram-nos durante um breve período de tempo.

Pois bem, Durão Barroso veio a ser eleito Presidente da Comissão Europeia, cargo que ainda mantém e que poderá manter no futuro, a fazer fé nas notícias que de vez em quando pululam nos meios de comunicação nacionais e estrangeiros.

E com essa saída deixou o Presidente da República de então, o Dr. Jorge Sampaio, com o "menino nos braços".

Caso não fosse uma situação real, podia muito bem ser o guião de um filme dramático ou até mesmo de uma tragédia grega.

Assim, e após "(...) muitos metros percorridos em silêncio e com o olhar erradio. (...)" em direcção ao seu gabinete, o Dr. Jorge Sampaio acabava de anunciar ao País que iria ouvir os partidos políticos com assento parlamentar e o Conselho de Estado, nos termos do disposto na alínea a) do artigo 33º da Constituição da República Portuguesa, para analisar a dissolução da Assembleia da República no famigerado Verão quente.

Todavia, o Dr. Santana Lopes, e numa jogada de antecipação, decide apresentar a demissão e provocar eleições antecipadas.

De qualquer modo, vamos um pouco atrás. Durante esse Verão quente punham-se dois cenários ao Presidente: dissolver a Assembleia da República e provocar eleições antecipadas ou então aceitar e dar posse a Santana Lopes como o Primeiro Ministro.

Ele escolheu a segunda hipótese para gáudio de muitos e desespero de outros tantos.

Pois bem, 2 anos após estes acontecimentos e 1 ano após a publicação do livro "Percepções e Realidade", existem pessoas que insistem em dar razão a Pedro Santana Lopes quanto à teoria da cabala e da conspiração. Essa pessoa é João Gabriel com a publicação do livro "Confidencial – A década de Sampaio em Belém".

Na minha humilde opinião, ainda que algo ingénua, creio que o anterior Presidente da República não tem a mínima noção do que consta daquele livro quanto a este episódio. Pois se a tivesse, não "deixaria" que saísse mais informação sobre esse tema.

Será como reabrir feridas antigas e mal cicatrizadas.

Tudo isto para dizer que, e quem não queria dar posse a Santana Lopes como Primeiro Ministro, e queria que o PSD indicasse uma outra personalidade para ocupar tal cargo, arrisca-se não a dar um tiro no pé, mas antes a deixar cair uma bomba atómica em cima do mesmo.

Já estou mesmo a imaginar Pedro Santana Lopes a dizer qualquer coisa deste género: Eu bem avisei que tinha sido alvo de uma conspiração para evitar chegar ao terceiro lugar da hierarquia do Estado e ele (Dr. Jorge Sampaio) foi mau para mim.

Medo, muito medo...

P.S. - Recomendo a leitura deste post, publicado em 16 de Dezembro de 2006, com uma breve análise ao livro "Percepções e Realidade" e considerações várias sobre este tema.

Será que a História se repetirá?

Quando o Dr. João Vale e Azevedo, e após ser derrotado pelo Dr. Manuel Vilarinho para a Presidência do Sport Lisboa e Benfica, iniciou a sua "via sacra" judicial pela prática de actos ilegiais enquanto Presidente do Glorioso e não só, pensava-se que, e durante muitos anos, não se iria repetir nada de semelhante.

Pois bem, e a fazer fé nesta notícia, poderá ser possível que a História se repita.

terça-feira, 26 de junho de 2007

Mais uma paródia



Anda tudo fora da graça de Deus ou quê??? Agora já andamos a sugerir hipóteses como Portela + 2?!?!?!?! Oh meus amigos, vamos lá a ver se nos entendemos. O país está a passar por dificuldades, nós andamos a passar por dificuldades e não temos dinheiro para quase nada, e V. Exas. a falar da construção de aeroportos como quem fala da compra de camisas ou de imperiais??!?!?!?

Vamos lá a ser sérios e honestos para com os contribuintes, e deixar de falar em construir aeroportos como quem faz um jardim. Até parece que (e devem andar com certeza) a gozar com a nossa cara!!! Vamos lá a tomar juízo e trabalhar para por o país a andar para a frente, e como deve ser, e deixar de sonhos megalómanos..

segunda-feira, 25 de junho de 2007

A procissão ainda vai no adro (ou talvez não)

Há já algumas semanas atrás, e numa entrevista à revista "Visão", o Prof. Saldanha Sanches alertou para um alegado “convívio” entre Magistrados do Ministério Público e autoridades locais, nomeadamente Presidentes de Câmaras Municipais de província.

Ora, e a certa altura, o Prof. refere na referida entrevista que "(...) Por exemplo, nas autarquias de província há casos frequentíssimos de captura do Ministério Público pela estrutura autárquica. Há ali uma relação de amizade e de cumplicidade, no aspecto bom e mau do termo, que põe em causa a independência judicial. (...)".

Se não fosse a apresentação pelo Dr. José António Barreiros de uma queixa-crime contra incertos junto da Procuradoria Geral da República, este assunto teria morrido de imediato. Ou seja, as afirmações teriam caído em saco roto como caiem normalmente as que são proferidas quase continuamente pela Dra. Maria José Morgado e como aquelas que foram proferidas pelo Eng. João Cravinho, antes de ser "exilado" em Paris, sobre este assunto em particular, e sobre a corrupção em geral.

No entanto, e sem querer apreciar do mérito ou demérito da apresentação dessa queixa-crime, não só por uma questão de má educação como o facto do meu estatuto não me permitir que me pronuncie sobre processos em curso, entendo que, e à primeira vista, é uma tentativa para que isto não caia no esquecimento, apesar de todos sabermos como são tratados nas instâncias judiciárias os ditos crimes de "colarinho branco".

Porém, uma das lições básicas da economia é o facto de não existirem almoços grátis. Ou seja, toda a acção ou omissão tem um custo, o qual poderá ser maior ou menor. Mas é certo que existe um custo, o qual será pago ou mais cedo ou mais tarde do que se pensa, mas será sempre pago.

Quero crer que esta queixa crime foi apresentada com o firme propósito para averiguar da veracidade ou não das palavras proferidas pelo Prof. Saldanha Sanches na entrevista à revista "Visão", assim como para averiguar se existem ou não esses casos de "captura", e que não tem quaisquer outros fins, mais ou menos obscuros, e que sejam imperceptíveis para o comum dos mortais.

No entanto, e na eventualidade de assim não ter sido, o feitiço poderá muito bem virar-se contra o feiticeiro. Agora, e apesar de ainda não ter o dom de ver o futuro, arrisco-me a dizer que, e se calhar mais cedo do que pensamos, quem cuspiu para o ar poderá, e muito bem, levar com ela em cima, sendo que, e depois não se queixe.

Paralelamente, importa referir que, e a título de parêntesis, este post já tinha sido pensado, todavia só agora é que foi escrito, não por falta de tempo, mas porque entendi que era a altura certa, apesar da falta de atenção dada pelos meios de comunicação social a este assunto.

Ora, e se já não bastasse uma troca de galhardetes pouco nítida, mas certeira, veio o candidato a Bastonário da Ordem dos Advogados Portugueses, o Dr. António Marinho, bater forte e feio no queixoso com a publicação no seu site de candidatura de um artigo sobre este assunto (vide artigo "ELEIÇÕES OA – AS PIRUETAS MEDIÁTICAS DE JOSÉ ANTÓNIO BARREIROS").

Apesar de, e na minha humilde opinião, ser um artigo demasiado brusco e duro, entendo que será apenas o fim do primeiro round e que os próximos, cada vez mais agressivos, virão num futuro, que não se sabe se será próximo ou longínquo.

Paralelamente, e a título de curiosidade, e para que seja mais facilmente compreensível, ou não, esta situação, o próprio Dr. José António Barreiro começou a sua carreira por ser um Digníssimo Magistrado do Ministério Público...

Por fim, e à laia de conclusão, quem acompanha estes textos, há-de verificar que este texto foi escrito com um prudência inusitada. Tal tem uma justificação simples. A guerra não é minha, e como tal, não quero sofrer danos colaterais.

Finalmente, alguém põe os pontos nos "is"...


É necessário vir um estrangeiro assumir de forma clara e expressa, tudo aquilo que aqui se faz encapotadamente e às escondidas de todos. Ou seja, só se quer esta pessoa pelo seu background político e não, aparentemente, pelos seus conhecimentos jurídicos para dirimir o litígio em causa.

Assim de repente lembro-me de mais dois casos. O de António Vitorino, quando saiu do cargo de Comissário Europeu para sócio de uma das mais prestigiadas sociedades de Advogados em Portugal, e o de Pina Moura, quando assumiu a presidência não executiva da Media Capital a par do cargo de presidente da Iberdrola em Portugal.

Ou seja, têm de vir os (quase) donos do nosso País ensinar-nos (mais uma vez) que não é necessário fazer-se estas coisas às escondidas e por baixo da mesa, mas que é possível fazer-se às claras e com o conhecimento de todos.

Agora com que benefício, é o que se verá no futuro...

Já agora, gostava de saber quais os comentários que os nossos mui doutos comentaristas, sejam eles profissionais ou amadores, irão fazer sobre esta situação em particular, ou se pelo contrário irão assobiar para o lado como se esta situação não fosse digna de qualquer comentário.

sábado, 23 de junho de 2007

Um contributo

Já passaram quase 4 anos desde o dia 3 de Novembro de 2003. Nesse dia, perante a minha Patrona, três dos meus pares e uma assistência de jovens advogados estagiários, realizei a minha agregação à Ordem dos Advogados Portugueses.

Enquanto realizava o meu estágio, sabia exactamente o que queria e o que não queria. Não queria e não quero, de todo, fazer contencioso. Para mim, estar perante num Tribunal é um sacrifício indescritível. Agora, fazer investigação, dar pareceres, redigir contratos, deslocar-me a Cartórios Notariais, às Conservatórias, aos Serviços de Finanças, entre outras coisas, sim. É o que gosto.

Todavia, e para chegar onde cheguei, foi necessário investir muito do meu tempo em formação complementar, seja através de cursos rápidos ministrados pela Ordem dos Advogados, seja através de cursos que frequentei junto de Faculdades e de outros estabelecimentos de ensino. Enfim, trabalhar e estudar muito...

De qualquer modo, e do pouco que sei da forma como o estágio está estruturado hoje em dia, sei que está totalmente diferente do meu tempo. Mas atenção, só decorreram quase 4 anos, e durante esse período de tempo assisti a várias reformas do estágio.

Não tendo qualquer intenção de apreciar o mérito o ou demérito dessas reformas, até porque desconheço na sua plenitude e em toda a sua profundidade os seu alcances e os seus efeitos, gostava, todavia, de deixar alguns contributos para que o estágio do futuro possa ter ainda mais qualidade do que tem hoje.

Ora, e para além da necessidade óbvia de um advogado, seja ele estagiário ou não, de saber Direito, é necessário saber outra coisa muito importante. Saber escrever e falar correctamente em português.

Se há uma coisa que a mim me deixa bastante chateado, para além de saber pouco ou nada de direito, é alguém que não se sabe exprimir correctamente na sua língua-mãe.

Ora, esta situação têm se vindo a verificar com cada vez mais frequência, mais do que seria aconselhável e desejável.

Para tanto, seria aconselhável que, e uma vez que o sistema de ensino em Portugal não prepara conveniente os alunos hoje em dia, seja por culpa do próprio sistema, seja por culpa dos próprios alunos, fossem ministradas, antes de mais, noções básicas de português (a saber, gramática) aos jovens candidatos a advogados como disciplina obrigatória na parte curricular do estágio, para além das disciplinas (ditas clássicas), a saber Direito Processual Civil, Direito Processual Penal e Deontologia.

Assim, e para além desta sugestão, poderei indicar outras.

Ora, hoje em dia é óbvio que o Direito é uma ciência que se relaciona e se interliga cada vez mais com outras, e além disso são exigidos aos advogados cada vez mais conhecimentos de outras áreas que nunca lhe foram ministrados durante a frequência do curso de Direito, por exemplo contabilidade, matemática, entre outras disciplinas.

Para tanto, o plano curricular de estágio deveria estar estruturado de uma tal forma que os advogados estagiários fossem obrigados a frequentar um determinado de disciplinas obrigatórias e outras seriam por eles escolhidas. Estas últimas poderiam ser, por exemplo, contabilidade, línguas estrangeiras numa perspectiva jurídica (inglês, espanhol, francês, italiano, entre outras), registos e notariado, contencioso administrativo, procedimento e processo tributário, processo do trabalho, entre outras disciplinas.

É claro que irão dizer que isso já é feito actualmente com os cursos que são ministrados durante a segunda fase de estágio. É certo que são. Mas, é claro que concordaremos todos que a formação de todos os advogados, sejam aqueles que o querem ser como aqueles que já o são, deverá ser contínua e deverá prolongar-se no tempo.

E sejamos sinceros e honestos, julgo ser bastante útil para todos que os profissionais de hoje e de amanhã estejam bastante mais preparados para exercer e praticar Direito numa perspectiva interdisciplinar, e não numa em que o Direito seja colocado num compartimento estanque como se nunca se relacionasse com qualquer outra área.

Já agora, gostaria de partilhar com vocês este pequeno texto.

terça-feira, 19 de junho de 2007

O meu País...





O meu País é uma simples ocidental praia lusitana, da qual saíram as armas e os barões assinalados que passaram além de Taprobana, por mares nunca dantes navegados, em perigos e guerras esforçados, mais do que prometia a força humana.

É um País que deu novos mundos ao mundo, que o descobriu e o voltou a descobrir. Aliás, descobre-o de novo cada vez que o sol, vindo de nascente, se levanta, com um vigor renovado e como se fosse a primeira vez que nos brindava com a sua luz...

É um País que, e quando Deus quis e o homem sonhou, a obra nasceu. Fez-se grande, conheceu-se e conhece-se a si próprio e deu-se a conhecer aos outros. Foi construído à custa de sangue derramado, de muito suor e de muitas lágrimas que tornaram o mar que o banha azul, tão azul como o céu, que o céu e o mar são sentimentos portugueses...

O meu País tem um povo cujo rosto carrega a humildade presente, a melancolia secular, a valentia milenar e a saudade intemporal. Tudo vindo de tempos imemoriais, desde que lutou contra tudo e contra todos, com raiva e com muita dor, no entanto com muita determinação, para se tornar numa verdadeira nação.

O povo do meu País é um povo saudoso, vive o presente, mas é obcecado com um passado saudoso e que não volta nunca mais, mas receoso, muito receoso, do seu futuro. No entanto, o futuro a Deus pertence, e nós somos todos filhos de Deus, portanto só pode ser risonho e brilhante...

O meu País tem uma língua linda, melosa e romântica. Cantada, falada, escrita e glosada nos quatro cantos da nossa Terra, perante tudo e perante todos. É o nosso património mais importante, a par do nosso povo e da nossa Nação.

É uma língua que, e quando falada com a doçura que só nós sabemos, enfeitiça tudo e todos. Deixa todos os outros com um sorriso doce, mas enganador, nos lábios. Um sorriso de saudade.

Onde quer que vamos, e quando nos afastamos do nosso País, sentimos sempre esse sentimento tão genuíno e tão exclusivo do ser português: a saudade. Mas quando regressamos, ou quando estamos junto dos nossos, na sua diáspora eterna, sentimo-nos sempre em casa. Aliás, a nossa casa não é só nosso país, é todo e qualquer português que esteja espalhado no mundo, seja no calor mais tórrido ou no frio mais glaciar, o coração de cada português, carregado de melancolia e de saudade, é a nossa casa.

E aí, sei que cheguei ao meu País.

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Bienvenido Cardozo



Se tú eres como en el videoclip de youtube, sé bienvenido Cardozo

domingo, 17 de junho de 2007

Uma análise ao estado das coisas...

Este ano celebrou-se o 33º aniversário de uma revolução levada a cabo por alguns militares descontentes com o estado das coisas, nomeadamente com a guerra colonial e o com o facto de já não ser possível uma solução militar para a mesma, para a substituição do regime político então vigente por um regime democrático.

Ora, será que, e passados esses anos todos, estamos melhor ou pior do que antigamente?

Relembremos um passado não muito longínquo. Arrastava-se há já 14 anos uma guerra colonial nas nossas antigas possessões ultramarinas. Apenas na frente de Moçambique poderia haver uma solução militar, sendo que, e nas restantes frentes activas (Angola e Guiné), não havia qualquer solução militar.

Vigorava um regime político marcado por uma forte repressão policial, seja através da PIDE/DGS ou através de outras forças policiais, por um forte controlo do Estado na vida do país, ao nível financeiro, económico, social e político.

Todavia, a revolução levada a cabo em Abril de 1974 não teve por apenas objectivo estas situações. Mas simplesmente o facto de existirem discrepâncias nas carreiras entre os oficiais formados na Academia Militar e os oficiais milicianos, e que prejudicavam aqueles, e secundariamente os já referidos motivos.

Ora, e actualmente, será que estamos melhor? Estamos integrados na União Europeia desde 1986, somos membro de pleno direito da ONU, integramos o clube fundador do Euro, temos acesso à informação que vêm dos outros países sem ser "filtrada" por uma entidade estatal, entre outras situações.

Mas será que estamos assim tão bem????

Vejamos o caso da alegada ofensa proferida contra o Primeiro Ministro. Ao que parece houve uma pessoa que, e alegadamente, terá proferido algumas palavras menos próprias e foi denunciado por um bufo, um chibo, o que é que lhe queiram chamar, à Directora da DREN.

Esta não satisfeita com isto instaurou ao Professor um processo disciplinar.

Porém, ela não contava que descobrissem os seus, e volto a repetir alegados, telhados de vidro. Ao que parece, e fazendo fé nas notícias dos últimos dias, ela própria terá também, e alegadamente, proferido palavras menos simpáticas contra o Primeiro Ministro, no que diz respeito à sua licenciatura, assim como alegadamente terá proferido palavras menos próprias contra um sacerdote, que, e por mero acaso, é Presidente de um Município da Região Norte.

Entretanto, e recentemente foram dados ecos de mais uma situação que revela a mais que provável existência de bufos e de chibos.

Se isto tivesse sucedido durante o Estado Novo, não me surpreenderia. Era como as coisas funcionavam. Agora, e num Estado de Direito Democrático como o nosso, faz-me muita confusão a forma como estas situações ocorrem.

Será que, e num passado muito recente, mudamos de regime político e não nos demos conta? Será que mudamos para um regime que beneficia e louva os chibos, os bufos e os invejosos, ao invés de premiar todos aqueles que fazem este país andar para a frente e recuperar de um atraso de décadas?

Já agora, onde andam todos aqueles que, e volta e meia, dizem muito orgulhosamente que foram combatentes activos contra o fascismo? Será que estas duas situações, isto sem contar com aquelas que não chegam ao conhecimento público, não merecem o repúdio daqueles, já sem contar com o nosso?

Para finalizar, expresso uma opinião muito pessoal. Se querem alterar o regime ora vigente, então avisem-nos e já sabemos com o que contamos. Sempre é melhor do que o fazerem nas nossas costas e pelo menos já sabemos como nos havemos de comportar de hoje em diante, quais são as regras que devemos seguir...

sexta-feira, 15 de junho de 2007

A honestidade de uns e a desonestidade de outros...





Tenho de confessar que fiquei agradavelmente surpreendido com a frontalidade e a honestidade da campanha publicitária levada a cabo pela Dirección General de Tráfico de Espanha, uma vez que apelam directamente onde mais custa aos condutores: a sua carteira.

Cá no burgo, e caso haja verba orçamental, continua-se a desenvolver campanhas que apelam ao sentido cívico dos condutores portugueses. São meritórias, é certo. Porém, não produzem os efeitos minimamente desejados pela simples razão que a mensagem não é transmitida, uma vez que não são escolhidos os veículos publicitários mais adequados.

Assim, basta circular durante algum tempo nas estradas portuguesas para se verificar que o civismo não abunda, de todo, por entre a esmagadora maioria dos condutores. Falo, por exemplo, do uso dos piscas para mudar de faixa de rodagem, do recurso a uma condução defensiva, entre muitas outras situações.

Caso fosse adoptado este tipo de campanhas publicitárias, não só os responsáveis pelas campanhas sentiriam que a mensagem que pretendem transmitir passaria mais facilmente, como os condutores a perceberiam muito mais facilmente.

Isto tudo para evitar comportamentos verdadeiramente persecutórios, como aquele que é descrito no Jornal Expresso do passado dia 9 de Junho, em que o Presidente do ACP ter vindo para o meio da estrada para avisar os outros condutores que a polícia estava emboscada, numa verdadeira caça à multa... Sic Transit Gloria Mundi

As confusões do novo milénio

Segundo a perspectiva e a opinião de um juiz canadiano, e tendo por base a sentença por ele proferida, será que uma ida às "meninas" poderá ser configurado como uma relação íntima com uma mulher?

terça-feira, 12 de junho de 2007

A paródia dos bufos, dos padres e da yes woman continua...

A Directora da DREN "mente com quantos dentes tem"

Já temos novos capítulos na novela "O bufo, o padre, o gozão e a yes woman". Ao que parece não bastava alguém se ter chibado (à boa maneira pidesca) do professor que gozou com a licenciatura do Primeiro-Ministro (já agora, quem é que não gozou?) e lhe ter sido levantado um processo disciplinar, assim como não chegava o facto da própria Directora da DREN ter igualmente gozado com este aspecto, agora temos um padre que foi aconselhado pela senhora a regressar a sacristia de onde veio, e entretanto queixinhas ao Presidente da República...

Isto está bonito, está!!!!!

O que é que se seguirá a seguir? O José Socrátes fazer queixinhas ao António Costa do Mário Lino por ter gozado com ele numa conferência da Ordem dos Engenheiros...

Ohhhh meus amigos, por amor de Deus!!!! Mas anda tudo fora da graça de Deus???????? Vamos lá a portar-se tudo bem e a trabalhar, senão fica tudo de castigo no canto com as orelha de burro na cabeça e não há televisão nem outras brincadeiras durante um mês.

domingo, 10 de junho de 2007

Um fim de semana em grande...

Com uma ida ao festival Oeiras Alive!07 e um jogo de futebol de 7 se passou este fim de semana.

Assim, fui ao festival de música para ver um concerto muito agradável de Pearl Jam e fiquei bastante surpreendido com a quantidade pais que foram literalmente "arrastados" pelos filhos para ver o concerto de Linkin Park, assim como fiquei extraordinariamente bem impressionado com uma banda chamada The Go! Team, sendo que o reverso da medalha foi o concerto de Smashing Pumpkins. Pouco mais que ridiculamente sofrível... O que salvou a noite de ontem, foi ver o Dumbo a passear por entre a multidão que via este último concerto...

E hoje, uma grande vitória por 5-3 dos Seca Adegas num torneio de futebol de 7, assim como os 2 ou 3 "paus" que dei nos adversários. Ou seja, se tenho a fama de ser pauliteiro, que tenha o proveito...

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Para onde ir de férias?


Após alguns dias de ausência, estou de volta ao meu espaço. Pois bem, tenho uma tradição de, e durante a primeira quinzena de Outubro, ir de férias para fora do nosso cantinho à beira mar plantado.

Porém, e para estas férias estou bastante indeciso para onde ir. Já pensei em diversos sítios, como por exemplo Nova Iorque, Londres, Madrid, Estocolmo, Viena, Praga, Budapeste, Cuba, entre outros.

Ora, e como estou bastante indeciso, que tal ajudarem-me a escolher o meu próximo destino de férias, dando-me sugestões...